sexta-feira, 16 de abril de 2010

Capitulo ZERO: Parte II - Omega

A nave havia acabado de aterrisar em Omega e eu seguia meu caminho até a sala de Richard.

- Sir Laurence, como foi a missão ?. - Um soldado, curioso, me pergunta enquanto me dirijo ao elevador.

- ....Como todas as outras. - Respondi friamente, logo entrando no elevador e apertando o botão para o vigésimo andar.

- .....Ele parece estar inconsciente.

Essas memórias...Porque elas aparecem novamente agora ?

- Ele despertou, corram!!!

Eu lembro tanto das vozes....Mas porque não lembro de onde elas são ?

- Tolos mortais....Queimem!

....Afinal, o que queres me mostrar ?.

Quando voltei novamente á 'realidade', eu estava parado, em frente ao elevador, com a porta aberta no vigésimo andar. Respirei fundo e voltei á andar. Logo, Richard me aguardava, sentado em sua cadeira, olhando para a bela vista panorâmica que a janela de sua sala dá sobre a região de Omega.

- Estava tendo outro daqueles flashes ?. - Ele perguntou.

- ....Sim. - Respondi.

Richard se virou para mim, dizendo:

- Não se importe com isso...Uma hora ou outra você irá descobrir o que isso significa.

Ele me diz isso desde que essas vozes começaram á quinze anos atrás....Durante quinze anos essas vozes continuam á ecoar periodicamente na minha mente, dizendo coisas que não fazem muito sentido para mim, pelo menos no presente.

- Como foi a missão ?. - Richard perguntou, mudando de assunto com um sorriso.

Me sentei na cadeira em frente á mesa de Richard, respondendo á sua pergunta:

- Exatamente como as anteriores envolvendo vampiros selvagens....

- Bem...sei que isso é meio repentino mas preciso de você para mais um trabalho. - Richard disse enquanto inclinava-se de frente para a mesa e apoiando seus cotovelos sobre ela.

-....E qual seria ela ?.

- É uma situação grave, próximo á antiga Moscou há um grande numero de mortos-vivos e espiritos despertando, parece que os efeitos da ultima Hemorragia Lunar ainda está causando o surgimento desses seres naquela area, como ela se encontra proxima á Região de Omega, o Conselho disse que está sob nossa responsabilidade cuidar desse problema. - Ele me respondeu, com uma vóz calma porém passando seriedade.

Interessante como a Hemorragia Lunar continua á ter efeitos...mesmo depois de quase um ano desde a ultima vez que ela ocorreu....E isso não é bom: em breve teremos outra Hemorragia.

- Quando devo partir ?. - Perguntei, com a mesma vóz calma e fria de sempre.

- Deve não....deverão: Ordenei os cinco melhores membros da academia e cem soldados para esta missão. - Richard disse ainda com uma vóz firme

Surpreendente....com certeza.

- É necessaria tantas pessoas para essa misão ? Acho que apenas tres dos melhores membros de cinquenta soldados seriam suficientes. - Eu questionei.

Richard olhou para baixo, e, ao respirar fundo, pegou o controle remoto de sua televisão e a ligou, nela, apareceram imagens da antiga Moscou.

- Esta é uma filmagem feita por um dos nossos satelites na região da antiga Moscou....agora vamos dar um pequeno zoom... - Ele comentou, apertando um botão.

A camera foi se fixando cada vez mais em um ponto especifico, e, ao ganhar o foco, a visão era.....chocante: Não eram cem...mil...provavelmente eram milhões de zumbis, se alastrando em um único ponto...Procurando por vidas que possam ceifar. Zumbis são criaturas selvagens e sem mente, surgem á partir da Hemorragia Lunar, que faz com que os corpos das pessoas mortas de formas não-naturais voltem á vida como zumbis, seu único propósito é matar o ser vivo mais próximo.

Ironicamente espantado, comentei:

- Realmente...agora creio que cem soldados seja pouco.

Richard desligou a tv e respondeu:

- É exatamente o numero suficiente de soldados, Sybil planejou a estrategia pra exatamente cinco lideres e cem soldados.

Sybil, então foi ela que planejou isso. É bom saber que a responsabilidade pela estrategia foi de Sybil.

- Venha, os outros estão esperando. - Richard disse enquanto levantava-se da cadeira.

Me levantei enquanto perguntava:

- Os outros ?.

- Sim...Sybil e os outros quatro membros. - Ele respondeu.

Caminhamos até o elevador e fomos até o decimo-segundo andar, a sala de treinamentos. Chegando lá, caminhamos pelos corredores até chegarmos na sala de estrategias. lá, estavam Sybil e os outros quatro membros.

- Ola Laurence, fazia um bom tempo que não o via. - Sybil disse, com um leve sorriso no rosto.

- É bom ve-la novamente, mestra. - Respondi.

- Laurence, sabe que não precisa me chamar assim... - Ela comentou, ainda com o mesmo sorriso.

Logo um dos quatro membros se manifestou:

- Sir Laurence, prazer em conhece-lo. Meu nome é Zack.

- Prazer... - Respondi, olhando friamente nos olhos dele...Me aparentava um homem energético, confiante.

- Irei apresenta-los agora...Essa missão é de alto-risco e por isso tivemos de montar uma forte estrategia para ela. Inicialmente, estamos lidando com aproximadamente um milhão de zumbis na antiga Moscou, O verdadeiro numero necessário de soldados para lidar com esse numero de zumbis é de pelo menos dez mil. - Sybil começou á comentar sobre seu plano.

- Então porque serão apenas cento e cinco soldados ?. - Zack, a interrompendo, perguntou com um ar de tensão.

Sybil olhou para ele calmamente e respondeu:

- Porque iremos atacar pelos céus.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Capitulo ZERO: Parte I - Noite da Caça

Ano 99 Pós-Apocalípse. (Ano 2601 no antigo calendario Romano.)


Frio, escuro e silencioso....A unica coisa que se ouve é o som das folhas batendo devido á forte ventania dessa região. Com certeza, os selvagens daqui escolheram um otimo lugar para fazer de viajantes desprevinidos, presas faceis.


É interessante que parece que eles nem respiram e não emitem nenhum som, sabem muito bem como ficar quietos para qu enão sejam percebidos e assim possam matar suas vitimas. Nesse caso, só preciso dar mais alguns passos até que....

- Urgh!.

Olhei para a esquerda, um dos meus homens havia caido no chão com uma agulha no pescoço...Eles já sabem que estamos aqui. Parei de caminhar e olhei ao redor...Agora dava pra se perceber a respiração de um deles.

- Sir Laurence, não fique ai parad....Urgh!.

Mais um que foi atingido. Agora sei que há dois aqui.

- Acendam os refletores!. - Ordenei á meus dois soldados.

Quando os refletores foram acendidos, os selvagens rapidamente voltaram para as sombras das florestas.

- Fiquem atentos, eles podem atacar á qualquer momento!. - Um dos soldados disse.

Dei alguns passos pra frente e ordenei:

- Vocês cuidam de um.... O outro deixem comigo....

- Sim, senhor!. - Um dos soldados respondeu, logo eles foram para a direita. Segui para a esquerda.

"E então vampiro selvagem, onde estará ?"

Já estava dentro da parte mais escura da floresta, não haviam sinais de que houvesse algum vampiro por lá, só se ouvia o barulho das folhas batendo e das margens do rio que fluia por lá. Logo me deparei com uma ponte quebrada que me levaria até o outro lado do rio....O cheiro de sangue era bem mais forte naquele local...Significa que eles residem proximo daqui.

Olhei para os lados, não havia nada além de arvores e plantas, nenhum selvagem poderia se esconder tão bem á ponto de eu não perceber seu cheiro ou sua respiração. Dei meia volta e começei á caminhar quando ouvi o som das águas do rio se elevando e de dentro delas saindo um selvagem....tal como planejava.

Sem pensar duas vezes empunhei meu sabre e o impulsionei para trás....Logo, a cabeça da criatura estava voando enquanto seu corpo caía novamente no lago. Logo percebi uma grande movimentação no lago devido ao sangue. O "ninho" deles está debaixo d'água, irão subir em breve.

Empunhei o sabre, respirei fundo. O silêncio ficou estatico no local durante vinte segundos até ser quebrado por seis selvagens emergindo das águas. Simultaneamente, varios tiros foram disparados do outro lado vindo dos meus soldados, poucos segundos depois, todos os selvagens estavam mortos.

- Vamos.... - Eu disse, virando as costas para minha equipe e caminhando em direção á saida da floresta.

Alguns minutos depois estavamos no nosso avião, sentei-me em um banco no canto inferior e me limitei á olhar a paisagem fria e cinza da janela enquanto o avião se preparava para a decolagem.

- Sir Laurence. - Um dos soldados, com um telefone em mãos me chamou.

Olhei para ele de lado.

- Richard quer falar com você. - Ele disse, me entregando o telefone. O peguei calmamente e o coloquei em meu ouvido.

- Como foi a missão ?. - Richard, do outro lado do telefone, em Omega, perguntou.

- Exatamente como o planejado. - Respondi, com o tom de voz frio que sempre usei com Richard.

- Bom trabalho, Laurence. - Ele respondeu, com uma voz confiante.

Desliguei o telefone e disse:

- Vamos voltar para Omega, não há mais nada á fazer aqui.